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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Valdivia admite atraso, mas diz que técnico chileno mentiu em acusação

O meia Jorge Valdivia convocou uma entrevista coletiva em Santiago nesta quinta-feira para se defender das acusações do técnico do Chile, Claudio Borghi, que cortou o jogador do Palmeiras e outros quatro atletas das partidas contra Uruguai e Paraguai insinuando que eles chegaram atrasados e bêbados à concentração. Valdivia confirmou que o grupo chegou ao hotel fora do horário programado, mas negou o excesso no consumo de bebida alcoólica.
Ao lado de Jean Beausejour, Gonzalo Jara e Carlos Carmona (Arturo Vidal voltou à Itália após o corte), o meia do Palmeiras deu a explicação sobre o problema na seleção. Em um comunicado lido por Beausejour, o grupo reclamou de perseguição da imprensa local. Os cinco admitiram ter bebido, mas desmentem que isso tenha causado a confusão.
- Isso de que saímos da minha casa às 20h e fomos ao Club Hípico é totalmente falso. É uma mentira muito grande, que pode até servir para os programas de fofoca, mas não para vocês, que estudaram tanto. O Canal 13 mostrou imagens de Vidal, Jara e Medel brigando fora da discoteca, mas essas imagens também são falsas. Não ignoramos o erro que cometemos, mas não vamos aceitar as declarações de Borghi. É uma falta de verdade que me estranha em Claudio... Talvez seja a pressão de parte da imprensa esportiva - disse Valdivia.
Valdivia se defende de acusações no Chile (Foto: Reprodução)Na quarta, o técnico, que como jogador foi campeão da Copa do Mundo de 1986 com a Argentina, afirmou que os cinco teriam "abusado de sua confiança" e que não enfrentariam Uruguai e Paraguai pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014. A justificativa dos atletas para o atraso seria o batismo de uma das filhas do meia do Palmeiras.
- Às 22h, estávamos no refeitório para jantar. Eles chegaram 45 minutos depois e não participaram da atividade. Foram diretamente para seus quartos, fui vê-los e não tive uma boa impressão, eles não estavam em boas condições - explicou Borghi.
A acusação do treinador irritou Valdivia:
- Falaram que alguns jogadores chegaram vomitando... Nos acusaram de chegar em estado inadequado, então vão ter que provar. Não estamos dizendo que não bebemos no batizado, mas não chegamos em um estado inadequado - concluiu o palmeirense.

Lembra Dele? Beijoca, folclórico herói do Bahia, vira olheiro e evangélico

Nos 80 anos de história do Bahia, poucos jogadores simbolizam tão bem o clube como Jorge Augusto Ferreira Aragão, o Beijoca. Entre muitas idas e vindas, o atacante passou três vezes pelo Tricolor. Em sete anos de clube, Beijoca ganhou seis títulos e marcou 106 gols. Camisa 9 de dez entre dez times dos sonhos do Bahia, Beijoca deixou em campo marcas que fizeram dele um atacante único. Irreverente, brigão, polêmico, falastrão, herói e anti-herói. Durante seus mais de 20 anos de carreira, Beijoca foi personagem de histórias que o transformaram em lenda do folclore do futebol.
beijoca ex-jogador do bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)Ídolo tricolor, atacante Beijoca marcou época com no Bahia nos anos 70 (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Hoje, aos 54 anos, apenas a idolatria da torcida do Bahia é igual. Fala mansa, olhar sereno: Beijoca é um homem tranquilo. Há 11 anos, o eterno ídolo do Bahia se tornou evangélico. Com a religião, veio o arrependimento por muitos erros cometidos durante a carreira. O ex-atacante não tem vergonha de abrir o coração a cada entrevista e relembrar suas histórias: brigas, dopings, infiltrações, noitadas, e outras situações lamentadas pelo baiano.
Descobridor de craques
Vinte e três anos após encerrar a carreira, Beijoca não tirou o futebol do sangue. Hoje, ele atua como um “olheiro não oficial”.
- Como não poderia deixar de ser, eu continuo ligado ao Bahia. Apesar de não ser funcionário do clube, ajudo na medida do possível. Vejo jogadores como observador técnico. E, graças a Deus, tenho conseguido levar vários meninos para a divisão de base do Bahia. Além disso, tenho outros planos para minha vida – disse o ex-craque, que tem projetos políticos para o futuro.
Com talento reconhecido desde cedo, Beijoca se tornou profissional com 16 anos. Em seu primeiro e único jogo pelo time de juniores, marcou quatro gols e, como prêmio, foi promovido a profissional. A missão de Beijoca não era fácil. O jovem soteropolitano, nascido no Pelourinho, o mais baiano dos bairros de Salvador, chegava para atuar em um time que contava com ninguém menos do que José Sanfilippo, argentino ídolo do Bahia e maior artilheiro da história do San Lorenzo da Argentina.
Mas, ainda no começo do campeonato, Beijoca mostrou que tinha estrela. Em uma partida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o Bahia perdia por 2 a 0 para o Corinthians, em Sergipe. O Tricolor empatou a partida e, nos minutos finais, o garoto Beijoca marcou o primeiro dos seus mais de cem gols com a camisa do Tricolor da Boa Terra.
- Não tem como não lembrar desse dia. Tudo o que fiz pelo Bahia está gravado em minha cabeça como em um computador. E com esse gol, na minha estreia, não poderia ser diferente. Foi o gol da vitória naqueles 3 a 2. E o goleiro do Corinthians era o Ado, que havia sido campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa de 70. Foi um momento muito especial para mim.
beijoca bahia  (Foto: Divulgação Site Oficial do Bahia)No Bahia, carreira de Beijoca foi recheada de gols
e títulos (Foto: Divulgação Site Oficial do Bahia)
Herói de inúmeros Ba-Vis, Beijoca adorava sair do estádio no meio do povo. Quase sempre carregado pela torcida eufórica que deixava a Fonte Nova em êxtase graças a seus gols, Beijoca era um jogador das multidões. Nos anos 70, era em sua homenagem a música mais cantada pelos tricolores baianos: “Eu quero ver Beijoca jogando bola, eu quero ver Beijoca bola jogar.”
- Minha relação com o torcedor do Bahia não vai acabar nunca. Essa torcida é meu maior patrimônio. Claro que tem a família e tudo mais, mas, no caso deles, é paixão, é uma loucura. O torcedor do Bahia até hoje, 23 anos depois de eu ter parado de jogar, me vê como se eu estivesse na ativa. Quando eu vou ao estádio assistir a um jogo, não posso dar um passo. É foto, autógrafo, uma loucura. É muito gratificante. A torcida faz parte da minha vida e isso me faz bem. Eu sei que eu sou feliz. Um dia eu vou morrer, mas esse amor da nação tricolor vai comigo – contou um emocionado Beijoca.

Ídolo tricolor, mãe rubro-negra
A paixão de Beijoca pelo futebol começou cedo. A mãe, Elisabeth Pereira de Aragão, era capixaba, porém torcedora apaixonada de um time do qual Beijoca se acostumou a ser carrasco.
- Eu era muito garoto. Minha mãe levava a mim e meus irmãos para o estádio para ver o Vitória. Ela era torcedora ferrenha. Mas creio que Deus já sabia que eu não seria conhecido como o Beijoca do Vitória, e sim como o Beijoca do Bahia. E esse clube que eu defendo até hoje. Eu penso assim. Para mim, até hoje defendo as cores do Bahia – disse o ex-atacante, que antes de encerrar a carreira chegou a ter uma rápida passagem pelo Rubro-Negro baiano.
No Bahia, Beijoca fez parte da geração 70, que conquistou o heptacampeonato baiano, entre 1973 e 1979. Ele participou de cinco dessas conquistas. Beijoca atuou ao lado de grandes ídolos da história do Bahia: Sanfilippo, Baiaco, Elizeu Godoy, Perivaldo, Sapatão, Jésum, Douglas. Este último, considerado por Beijoca o maior parceiro com quem já jogou.
- Dentro de campo, não poderia deixar de ser Douglas. Acho que ele foi responsável por 50% do meu sucesso. Jogar com ele foi um prêmio de Deus. Para mim, Douglas foi um grande fenômeno do futebol mundial. Eu digo sem medo: Não teria sido o Beijoca sem o Douglas – disse.
beijoca na fonte nova antes da implosão (Foto: Divulgação/Agência A Tarde)Beijoca antes da implosão da Fonte Nova, onde brilhou pelo Bahia  (Foto: Divulgação/Agência A Tarde)
Dentro de campo, apesar de toda raça, dedicação e talento em prol do Bahia, Beijoca era do tipo que não levava desaforo para casa. Socos e pontapés fizeram parte do repertório do artilheiro. Beijoca diz que bateu muito, mas também apanhou bastante.
Fora das quatro linhas, mais confusão. Durante toda a carreira, Beijoca acumulou 14 processos devido às confusões que causava. O álcool era outro parceiro constante. Apesar de tudo isso, a autoconfiança sempre fez de Beijoca um ser diferenciado.
- Essas coisas marcam a nossa vida. Lógico que foi uma situação em que não condiz com a carreira de um jogador profissional. Houve uma polêmica muito grande porque eu tinha saído no sábado. Não seria correto eu jogar, mas os jogadores se reuniram e pediram para que eu jogasse, e os presenteei com aquele gol. Eu que digo: não nasci para jogar futebol, nasci para fazer gol. Deus me deu o dom de fazer gols – conta Beijoca.
Beijoca no Fla
Em 1979, Beijoca chegou ao Flamengo para atuar ao lado de craques como Zico, Adílio, Carpegiani, Júnior, Raul e companhia. A primeira confusão não demorou a acontecer. Poucos dias após a sua chegada, Beijoca arrumou problemas no avião que transportava a equipe em uma excursão pela Europa.
Mas foi no Maracanã que Beijoca se tornou um vilão rubro-negro. Ele entrou em campo nos minutos finais da partida contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. O jogador foi chamado pelo treinador Cláudio Coutinho quando o Flamengo perdia por 4 a 0. No primeiro lance, Beijoca atingiu duramente um jogador adversário e foi expulso. No vestiário, o atacante ainda discutiu com o treinador. Em pouco mais de um ano, Beijoca estava de volta ao seu time do coração.
- Foi uma passagem maravilhosa. Cheguei no fim de 1978 para 1979. Fui campeão da Taça Guanabara, tricampeão carioca e campeão do troféu Ramón de Carranza, na Espanha. Então, foi uma passagem vitoriosa. Em um ano, conquistei três títulos. E naquela época, para jogar no Flamengo tinha que ser craque. Jogar no Flamengo foi muito bom, mas nada comparado a jogar no Bahia – disse.
Se a passagem pelo Flamengo foi rápida e com problemas, Beijoca viveu no Bahia uma era de glórias. Com muitas idas e vindas, o ex-atacante sabe que está eternizado no coração dos tricolores. Sua história foi, inclusive, mostrada pelo filme "Bahêa Minha Vida", que conta a história do clube baiano através dos seus principais ídolos e, principalmente, torcedores. Herói, folclórico, amado. Beijoca sabe que, toda vez que um camisa 9 vestido com as cores do Bahia balançar as redes adversárias, vai ecoar uma velha estrofe na cabeça de quem o viu em campo: “Eu quero ver Beijoca jogando bola, eu quero ver Beijoca bola jogar.”

Exposição de Thomás deixa Luxa atento: ‘Está parecendo arroz de festa’

A cinco rodadas do fim do Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo redobra a atenção e vira adversário do oba-oba. O técnico do Flamengo diz que é momento de blindar o grupo para que nada interfira na disputa da vaga na Libertadores e do título. Durante a entrevista coletiva desta quinta-feira, o técnico se preocupou em falar sobre os mais jovens, especialmente Thomás. Na última segunda-feira, o meia-atacante de 18 anos foi a programas de televisão, concedeu entrevistas e ficou em evidência. Luxa está atento e deu a e entender que a exposição é exagerada.
- Com essa garotada você tem que ser duro e passar a mão na cabeça ao mesmo tempo. Quem pegou o Diego Maurício hoje para fazer entrevista? E o Negueba? O Thomás está parecendo arroz de festa, saiu em tudo quanto é programa nessa semana. O que eu tento passar é que se não continuar jogando, as entrevistas acabam. A tendência é virar arroz de festa. Depois, vai ficar como o Negueba. Não jogou mais, ninguém vai buscar. Tem que focar em jogar bola, está começando a carreira dele. Vi o Thomás em tudo quanto é canto. E só jogou dois jogos. Se jogar quatro, cinco, estou roubado. Daqui a pouco vou ter que colocar a foto dele na porta da minha geladeira, para ficar olhando (risos).
Luxemburgo e Thomas conversam no treino do Flamengo  (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Luxemburgo e Thomas conversam após o treino do Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Thomás foi titular contra Grêmio e Cruzeiro. Neste domingo, será mantido na equipe para o jogo contra o Coritiba, no Couto Pereira, às 17h (de Brasília).
- Em momento algum eu cogitei tirá-lo. Vai jogar, normal, está merecendo. Se precisar tirar, farei normalmente. A equipe se encaixou bem, está forte. Se voltarem para ajudar na marcação, fica bom. Se não voltarem, seja volante, zagueiro, atacante, não tem equipe que não fique vulnerável.
No coletivo desta sexta, Luxa orientou o quarteto ofensivo por mais de uma vez. A recomposição de Thomás, Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid foi trabalhada pelo técnico.
- O Thomás até ficou na dúvida e veio atrás de mim perguntando depois do treino. Tem que deixá-lo à vontade. Se der muita responsabilidade, como eu disse na semana passada, atrapalha. A responsabilidade de conduzir a equipe é do Ronaldinho, do Thiago Neves, dos mais experientes.
Luxa tem uma dúvida. O zagueiro Welinton sente dores na coxa direita e está em observação. Caso ele não jogue, o treinador cogita fazer mudanças. No coletivo, Ronaldo Angelim substituiu o camisa 3. A equipe treinou com Felipe, Léo Moura, David Braz, Angelim e Junior Cesar; Airton, Renato, Thomás e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid. O zagueiro Alex Silva está suspenso com três cartões amarelos e desfalca o Rubro-Negro.
O Flamengo tem 55 pontos e está em quinto na classificação. O GLOBOESPORTE.COM detalha todos os lances do confronto, com vídeos.

Brasil supera apagão, gramado e o Gabão para vencer 4º jogo seguido


Não havia Kaká, Marcelo, Daniel Alves, Neymar, Ronaldinho... Tampouco o gramado apresentava condições de receber uma partida de uma seleção pentacampeã mundial, que ainda enfrentou um apagão de 18 minutos antes do apito inicial. Mas, mesmo longe do ideal, o Brasil desta quinta-feira derrotou o Gabão, por 2 a 0, em amistoso disputado no Estádio L’Amitié, na capital Libreville. Ambos os gols foram marcados no primeiro tempo: Sandro abriu o placar aos 11 minutos, enquanto Hernanes deu números finais aos 34.
Se não foi empolgante contra o apenas 68º colocado no ranking da Fifa, a equipe do técnico Mano Menezes terá um desafio de melhor nível na próxima segunda-feira, às 15h (de Brasília). Contra o Egito, 29º, em Doha, no Qatar, a Seleção encerrará sua participação no ano de 2011, que tem até o momento oito vitórias, sendo quatro consecutivas (Argentina, Costa Rica e México foram os rivais batidos anteriormente), cinco empates e duas derrotas

Falta de luz atrasa partida
Instantes antes do apito inicial, o Estádio L’Amitié ficou sem luz por conta da queda da força de uma estação próxima. Na última semana, inclusive, a iluminação foi uma das preocupações da organização e foi testada durante a noite. A partida atrasou 18 minutos, mas o placar seguiu apagado até os 40.
Entre todo intervalo, no entanto, o que se viu foi um jogo movimentado. Mesmo sem a presença de muitas de suas principais estrelas, sejam lesionadas, não convocadas ou poupadas, e com a ajuda da ineficiência adversária na marcação, o Brasil sobressaiu-se desde o minuto inicial. Logo aos dois, Jonas aproveitou bola mal afastada e emendou pra fora. Quatro minutos depois foi a vez de Adriano quase abrir o placar. O lateral recebeu de Bruno César na esquerda e chutou para a defesa de Ovono.
Do outro lado, o Gabão ameaçava com Aubameyang, ex-Milan e atualmente no Saint-Étienne. Ousado, o meia partia para cima da defesa brasileira como se não conhecesse David Luiz e Luisão e era o símbolo da correria africana em um campo que dificultava o toque de bola.
Comemoração do Brasil x Gabão (Foto: AFP)Brasileiros comemoram vitória na 'lama' (Foto: AFP)
Falhas, Diego Alves e coletividade: Brasil faz 2 a 0
Se por baixo estava complicado, a Seleção abriu a contagem com a bola aérea. Bruno César cruzou da direita, Hernanes não acertou a cabeçada e viu o zagueiro Ebanega, principalmente, e Ovono se enrolarem. Sandro, que nada tinha a ver, aproveitou a bola viva na pequena área e completou com o pé alto, aos 11 minutos.
O Brasil encontrava relativa facilidade para criar chances. Aos 24, Hernanes recebeu de Adriano à frente da zaga e apareceu livre frente ao arqueiro. A preciosidade o fez tentar a finalização por cobertura, o que lhe custou o gol e uma sonora bronca de Mano Menezes, que esbravejou com o chute por cima. Mais duas grandes oportunidades ainda apareceriam nas sequência, com Hulk, aos 29, em chute de fora da área, e Elias, aos 30.
Foi aí que Diego Alves teve de trabalhar. Aos 32, Madinda bateu falta lateral com veneno e obrigou o goleiro do Valencia a espalmar. A bola ainda tocou no travessão antes de sair.
O Gabão se animou, mas foi o Brasil quem ampliou. Aos 34, pouco depois, Jonas soltou uma bomba de fora da área, no alto. Ovono deu o rebote para o meio da área, onde estava Hernanes. O meio do Lazio se antecipou e marcou de cabeça: 2 a 0.
Antes de descer para os vestiários, aos 40, Aubameyang gingou sobre a marcação de Fábio e chutou forte. Diego Alves novamente foi bem e salvou. Seguro, ele já faz sombra a Julio César e Jefferson, as duas opções mais utilizadas na Era Mano.
Ritmo diminui com substitutos
O Brasil voltou com uma mudança e o mesmo jogo coletivo – Fábio deixou o gramado para a entrada de Alex Sandro. Em rara jogada de individualidade, aos três, Bruno César viu o goleiro adiantado e tentou do meio de campo.
O toque de bola funcionou bem aos 12 minutos, pouco depois de Hulk ter um pênalti ignorado pelo árbitro Victor Hlungwani. Hernanes deu um lindo passe de calcanhar para Bruno César, que enfiou para Jonas. O artilheiro da última edição do Brasileirão calibrou demais o pé e finalizou para fora.
Aos 24, foi a vez de o meia do Benfica ser servido. E logo pelo atacante do Porto. Em contra-ataque, Hulk deu lindo passe para Bruno César, que pegou de primeira. Ovono contou com bom reflexo e um pouco de sorte para evitar o terceiro.
Mano testou mais jogadores. Pôs os estreantes Kléber, Willian e Dudu em campo, que se juntaram ou substituíram os também novatos Diego Alves, Alex Sandro e Bruno César. A Seleção tentou, mas esbarrou na falta de entrosamento. Bastaram os 2 a 0.
GABÃO 0 X 2 BRASIL
Ovono, Moundounga, Manga, Ebanega e Moussono; Palun (Moubamba), Biyogho (Mbanangoye), Madinda e Aubameyang; Mouloungui (N’Guéma) e Meye (Cousin).Diego Alves, Fábio (Alex Sandro), Luisão, David Luiz e Adriano; Sandro (Lucas Leiva), Elias (Thiago Silva), Hernanes e Bruno César (Willian); Jonas (Dudu) e Hulk (Kléber).
Técnico: Gernot Rohr.Técnico: Mano Menezes.
Gols: Sandro, aos 11, e Hernanes, aos 34 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Moussono e Mbanangoye (GAB); Adriano (BRA)
Estádio: L'Amitié, em Libreville. Data: 10/11/2011. Arbitragem: Victor Hlungwani (África do Sul), auxiliado pelos compatriotas Johanes Mshidi e Sandile Dilkane.

'Corintiano' Kleber quer jogar no Timão, afirma dirigente alvinegro

kleber palmeiras  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Em litígio com o Palmeiras, Kleber foi a Porto Alegre na terça-feira ouvir uma proposta do Grêmio e pediu 48 horas para dar uma resposta. Interessado na contratação do atacante, o Corinthians espera por um “não” do jogador ao clube gaúcho. Se isso acontecer, a diretoria alvinegra confia que pode ter o reforço para a próxima temporada.
Nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, o diretor adjunto de futebol do Timão, Duílio Monteiro Alves, falou abertamente sobre as intenções do clube do Parque São Jorge. Afirmou ainda não estar na briga, mas deixou claro que ouviu do empresário de Kleber, Giuseppe Dioguardi, que o atacante tem vontade de defender o clube. O agente, porém, nega ter falado com o dirigente corintiano.
– Nós ainda não entramos em negociação. Estamos esperando a decisão dele em relação à proposta do Grêmio. Se não der certo lá, o Kleber interessa ao Corinthians. Já conversamos com o empresário dele e ouvimos que ele tem vontade de jogar aqui. Mas temos de esperar. Não vamos entrar em leilão – disse Duílio.
- Não estou sabendo de nada. Estamos negociando diretamente com o Grêmio. Se chegou algo do Corinthians, pode ter sido diretamente para o Palmeiras, não para mim - rebateu Dioguardi.
Raízes alvinegras
O diretor do Corinthians ainda lembrou as origens corintianas de Kleber. Em agosto deste ano, perto do clássico entre Timão e Palmeiras, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, vazou na internet a ficha de inscrição do atacante na principal organizada do clube, a Gaviões da Fiel.
– Como já foi colocado na imprensa e nós sabemos, o Kleber é corintiano. E isso nos agrada. Além de todo bom jogador interessar ao Corinthians, esse é um fato que nos motiva – acrescentou o dirigente do Timão.
À época dessa polêmica, Kleber desembarcou em Presidente Prudente, palco do clássico no primeiro turno, sobre os gritos de “El, el, el, Kleber é da Fiel”. Há algumas rodadas, o atacante não vive um bom momento no Palmeiras. Em crise com o técnico Felipão e com a diretoria, o jogador negocia sua saída.
Se confirmada a reviravolta no caso Kleber, será o segundo grande "chapéu" tomado pelo Grêmio na temporada. O primeiro foi do Flamengo, que levou Ronaldinho Gaúcho no começo do ano.
O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, que já havia deixado em aberto na quarta-feira a possibilidade de Kleber acabar no Corinthians, disse nesta quinta que "não há novidade" sobre o caso.

Peixe corre para evitar leilão da Vila, penhorada em site a R$ 106 milhões

O departamento jurídico do Santos corre contra o tempo para evitar que a Vila Belmiro seja leiloada para quitar uma dívida com o ex-presidente do clube, Marcelo Teixeira. O leilão está progamado para ser aberto no próximo dia 29, com encerramento em 2 de dezembro. O comitente é a 3ª Vara Cível da Comarca de Santos. O lance inicial é de R$ 106 milhões, segundo o Canal Judicial, site de divulgação e negociação de leilões judiciais para empresas e gestores judiciais.
A dívida do Santos é com a Associação Educacional Santa Cecília Ltda, de propriedade de Marcelo Teixeira. O valor cobrado era inicialmente de R$ 15 milhões. Com a correção, já está em R$ 17.582.435,71.
vila belmiro a venda (Foto: Reprodução)Site Canal Judicial mostra Vila avaliada em R$ 106 milhões para leilão  (Foto: Reprodução)
O ex-presidente do Santos ingressou na Justiça contra o Peixe em maio de 2010 reivindicando o pagamento de R$ 15 milhões. Teixeira, por meio de sua assessoria de imprensa, explica que o processo se deve a uma dívida que o Santos contraiu com a Santa Cecília enquanto ele era presidente. Ele afirma ainda que não pediu a penhora da Vila, mas que foi a atual diretoria quem ofereceu o estádio. Já a atual diretora explica que, como Teixeira não determinou bens a serem penhorados, o oficial de justiça foi quem decidiu pela penhora do estádio. Por fim, Teixeira diz que está "aberto ao diálogo", pois não tem "nenhuma intenção de prejudicar o Santos".
O leilão, porém, está marcado para começar no próximo dia 29. O Santos tenta impedir que ele ocorra, enquanto o processo movido por Teixeira segue tramitando. Se a Justiça determinar em última instância o pagamento da dívida, hoje avaliada em pouco mais de R$ 17,5 milhões, o Santos pagará a quantia a Teixeira. Mas sem ter de leiloar a Vila Belmiro para isso, é claro.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Conca faz um, Guangzhou goleia e se sagra campeão chinês pela 1ª vez

Você sabe o que significa 冠军? O meia Darío Leonardo Conca já pode explicar. Menos de um ano depois de ser o grande nome do título do Fluminense no Campeonato Brasileiro, o argentino ajudou o Guangzhou Evergrande a ser campeão (tradução para o símbolo em mandarim) do Campeonato Chinês pela primeira vez em sua história. Nesta quarta-feira, ele fechou a goleada por 4 a 1 sobre o Shaanxi Chanba, fora de casa, e viu o seu time a garantir o caneco matematicamente. Ele ainda deu duas assistências na partida, sua especialidade no Tricolor carioca.
BRASIL MUNDIAL F.C.: veja o gol de Conca e os melhores lances dos 4 a 1 do Guangzhou
Conca, do Guangzhou Evergrande, campeão chinês (Foto: Sina.com)Darío Conca fechou a goleada por 4 a 1 do Guangzhou: campeão na China (Foto: Sina.com)
Gao, duas vezes, e Zheng completaram para os visitantes, enquanto Wan descontou para os donos da casa. O resultado levou o Guangzhou aos 61 pontos na competição após 26 rodadas. Como o Beijing Guoan apenas empatou com o Shandong Luneng, de Obina, e foi aos 47, o título veio por antecipação com cinco rodadas de antecedência - só há mais 12 pontos em disputa.
Tudo o que vem acontecendo na minha carreira nos últimos dois anos tem sido muito especial"
Conca, campeão nacional duas vezes seguidas
- Tudo o que vem acontecendo na minha carreira nos últimos dois anos tem sido muito especial. O título brasileiro pelo Fluminense no ano passado foi inesquecível e agora a conquista por um time que nunca imaginei jogar está sendo incrível também. Os desafios de trabalhar em um país tão distante do seu são muitos, apesar da compensação financeira. É preciso força de vontade e dedicação, o que nunca me faltou. Felizmente deu tudo certo e agora vou comemorar muito este título chinês. A torcida do Guangzhou é uma grande surpresa para mim, me emociona como eles cantam meu nome durante os jogos. Esse título é para eles - disse Darío Conca.
O Guangzhou, que também conta com o brasileiro Muriqui, tem em sua história cinco títulos nacionais, mas todos da Segunda Divisão, incluindo o de 2010, que lhe deu a promoção para a elite na atual temporada

terça-feira, 19 de julho de 2011

Adilson Batista já enche a bola de Rivaldo: 'Está correndo como menino'


Por Marcelo PradoSão Paulo
Titular do São Paulo nas vitórias contra Cruzeiro e Internacional, quando teve boa participação e participou dos gols da equipe, o veterano Rivaldo poderá ter sequência com o técnico Adilson Batista, que efetivamente começará seu trabalho na manhã desta terça-feira. O novo comandante são-paulino encheu a bola do camisa 10 e até brincou, dizendo que pediria a receita do quindim, um dos pratos favoritos do pentacampeão, para manter a forma.
Rivaldo Adilson Batista São Paulo (Foto: Site oficial do São Paulo)Rivaldo recebe Adilson Batista no São Paulo e ganha elogios do treinador (Foto: Site oficial do São Paulo)
Questionado sobre a situação do jogador, Adilson não titubeou.
- O Rivaldo dispensa comentários. O São Paulo é mestre em trazer jogadores experientes e que contribuem muito em um grupo jovem como este. Já teve Alemão, Cerezo, Falcão, as voltas de Raí e Muller. A diretoria agiu corretamente em trazê-lo e eu já disse que quero a receita do quindim para ficar fininho como ele. Está correndo como um menino – afirmou.
A postura de Adilson traz alívio a Rivaldo, que sofreu nas mãos do ex-técnico Paulo César Carpegiani. Ele não gostava do camisa 10, tanto que o utilizou em apenas seis jogos como titular. Na maioria dos jogos, o deixou no banco de reservas e o colocava para jogar apenas poucos minutos.
Rivaldo em lance no treino no CT da Barra Funda (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Rivaldo não tem presença assegurada na partida
contra o Atlético-GO (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Adilson não quis comentar o que era feito por Carpegiani e diz que tem de ser analisado apenas pelo seu trabalho.
- São critérios que a gente respeita, não cabe a nós ficar julgando se é parecido ou não. O Paulo tem a linha dele, eu tenho meu estilo de trabalho, meu pensamento e espero dar minha contribuição ao São Paulo – ressaltou.
Rivaldo não tem presença garantida na partida de sábado, contra o Atlético-GO, no estádio do Morumbi, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso porque Lucas voltou da Seleção Brasileira que disputou a Copa América e tem presença assegurada. Resta ver se Adilson mudará o esquema com três volantes (nesse caso, Souto e Wellington seriam os escolhidos) no meio ou deixará o veterano como opção no banco de reservas.